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24/04/202421/06/2021
Por redação AIoT Brasil
Seis centros de pesquisas aplicadas em inteligência artificial foram escolhidos para receber um total de R$ 60 milhões em investimentos públicos e privados, como resultado de um processo de seleção realizado em conjunto pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br). Cada centro receberá R$ 10 milhões no período de cinco anos, sendo R$ 5 milhões por meio de repasses públicos e R$ 5 milhões por parcerias com empresas.
Foram contemplados os projetos apresentados por seis instituições acadêmicas e de pesquisa: Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP em São Carlos, Instituto de Ciências Exatas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Senai/Cimatec (Bahia), Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) de São Paulo e Universidade Federal do Ceará (UFC). Está prevista a possibilidade de renovação dos contratos por mais cinco anos, o que totalizaria um investimento de R$ 20 milhões por proposta aprovada.
No evento em que se anunciou o resultado da seleção, Marco Antonio Zago, presidente da Fapesp, destacou a importância do investimento em ciência e tecnologia, particularmente na área de inteligência artificial: “O que faz o mundo se mover é a ciência, a pesquisa e a inovação, não é a economia, como alguns acreditam desavisadamente. A área na qual estamos aprovando esses investimentos terá um papel crescente na economia e na vida das nossas cidades”, afirmou.
Alguns dos projetos inscritos já se encontram em estágio avançado, como o da Unicamp, que aplicará o financiamento no Brazilian Institute of Data Science (BIOS), liderado pelo professor João Marcos Romano, docente da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação e atual pró-reitor de pesquisa da universidade estadual. “O centro põe a Unicamp na ponta das iniciativas em inteligência artificial no país. Nós já temos pesquisadores importantes nas áreas da engenharia elétrica, no Instituto de Computação, na matemática, na física, já temos pessoas atuando com qualidade e brilhantismo. Agora temos a oportunidade única de unir essas pessoas e catalisar esforços”, disse Romano em entrevista ao site da Unicamp.
O BIOS da Unicamp reúne uma centena de cientistas do Brasil e de outros países, conta com o patrocínio de empresas como IBM, Motorola e Softtek e está integrado à Rede Templo, da consultoria Templo.cc. O instituto atua como um hub de tecnologia dedicado à inteligência artificial aplicada, com foco em saúde, agronegócio e ciência de dados.
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